G J Consultoria Empresarial e Treinamento EIRELI. Informativo Empresarial – Ano VII – N. 29 – Setembro/2012

Sala cheia no Colégio Francisco Xavier do Ipiranga

Foi assim no dia 11 de setembro, no Colégio Francisco Xavier, no Ipiranga: sala cheia para discutir o bullying nas escolas.

O psicólogo e professor universitário Alexandre Rivero, junto à coordenadoria da associação de pais e mestres do colégio, levaram para a sede escolar a discussão sobre bullying.

O palestrante que há mais de 30 anos atua na área da psicologia e no bairro do Ipiranga (riveroalexandre@hotmail.com), iniciou a palestra dizendo que, malgrado a sociedade já esteja sensibilizada para o tema, visto o quanto já levado a conhecimento pela mídia, valia a pena debater o assunto dentro da escola, com pais e mestres.

Nessa pauta, alertou que o bullying triunfa de acordo com o grau de vulnerabilidade da criança e do adolescente, que se manifesta ou pela pré-existência de um transtorno psicológico, por conta de uma família desestruturada ou até porque a escola é omissa. Assim, condenou o que denominou “o empurra empurra” entre família e escola. “Todos são responsáveis pelo menor”, afirmou.

Alertou que é um mito dizer que a tentativa de suicídio entre os menores é inexistente. O psicólogo Alexandre Rivera deixou claro que existem registros de vítimas de bullying levadas ao suicídio, mediante utilização abusiva de medicamentos ou até jogando-se sob veículos em movimento.

Bullying não é brincadeira”, afirmou. “Brincar com uma pessoa não é se divertir às custas dela. Brincar com as características da pessoa, como por exemplo, seu biótipo, se tem gagueira, com a religião que professa, e de forma intencional e repetitiva, em outras palavras, focada, é bullying,” advertiu aos pais e mestres.

Alexandre Rivero insistiu que devemos promover nas escolas, trabalhos pedagógicos para evitar o assédio escolar. “Muitas vezes, fazer o agressor ficar na posição da vítima, através de jogos, pode contribuir para ampliar a percepção e sensibilização do agressor. Afinal, não raro o abusador também precisa de acompanhamento psicológico. O bully, pelo comportamento equivocado do assédio, revela um adoecimento psicológico.”

Defendeu o professor universitário, que é da Universidade São Marcos, que está na hora de se propor uma reeducação mental da sociedade, para não se aceitar mais brincadeiras depreciativas, que fazem parte da cultura do brasileiro. Isso, na opinião do palestrante, viria a contribuir para a derrocada do bullying nas gerações futuras.

Instado o professor e psicólogo Alexandre Rivero pelo GABINETE JURÍDICO, sempre presente nos debates da questão, acerca da sua opinião sobre os vários projetos de Lei que ambicionam a criminalização do bullying, o palestrante foi incisivo: “Esgotados os recursos de intervenção educativa e preventiva contra o bullying, não existe outra alternativa. Alguém tem que parar o processo de assédio escolar.” Mas foi incisivo também ao afirmar : “Contudo, isso não quer dizer que eu seja a favor de medidas policialescas.”

Parabéns ao Colégio Francisco Xavier! Oxalá outras instituições de ensino se inspirem na iniciativa.

Embora, como disse o professor, a sociedade esteja sensibilizada para o tema, somente o debate diuturno poderá contribuir para banir o assédio moral das nossas escolas.

Elaine Rodrigues é Consultora Empresarial e atua no GABINETE JURÍDICO – Consultoria Empresarial e Treinamento Ltda. – www.gabinetejuridico.com.br- Telefone (11)2915-0853

FONTE: Gabinete Jurídico

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