O Transtorno de Estresse Pós-Traumático é uma doença mental que se desenvolve claramente depois que o indivíduo presenciou ou foi vítima de uma situação, na qual morreram pessoas ou houve grave risco de morte por acidente, violência e catástrofes naturais.
Esse transtorno é um das poucas doenças mentais que possuem uma causa sem haver discussões amplas.
As catástrofes naturais, por exemplo, levam alguns dos sobreviventes que presenciaram o falecimento de vítimas ou de pessoas que foram expostas ao risco de morte, a sintomas psíquicos e emocionais reativos à situação de risco.
Catástrofe como aquelas causadas pelas chuvas em algumas cidades do Rio de Janeiro e que causou grande número de mortes e repercutiu na vida futura dos sobreviventes, é exemplo claro de uma ocorrência desencadeadora de Transtorno de Estresse Pós-Traumático em grande escala, pois atingiu um número de moradores de uma mesma cidade ou região.
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Os sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático são variados, contudo, aquele que chama mais atenção, revela-se na sensação de se estar revivendo a situação de risco repetidamente e isso prejudica padrões de sono, apetite e o bem estar pessoal ou social. Muitos passam a ficar muito tempo isolados do convívio social e familiar, numa possível tentativa de evitarem novos episódios adoecedores e desencadeadores de sofrimento.
Tanto nas catástrofes como em episódios menores e isolados, os portadores deste problema de saúde mental devem ser tratados tanto com medicação como com psicoterapia, a fim de obterem os melhores resultados.
A Sanidade Mental de alguns portadores de Transtorno de Estresse Pós-Traumático pode ficar prejudicada impedindo que trabalhem adequadamente. Estes precisarão recorrer a benefícios do INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social.
Hewdy Lobo Ribeiro é Psiquiatra Forense, Psiquiatra Clínico no ProMulher do Instituto de Psiquiatria da USP e parceiro do GABINETE JURÍDICO.
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