Atualmente, a droga mais comentada nas ruas de todo o país e mais temida por toda a população chama-se CRACK.
A substância é formada pela mistura de cocaína refinada com substâncias alcalinas (bicarbonato de sódio, por exemplo), possuindo o formato de pedras, que são fumadas em cachimbos geralmente improvisados.
Há uma grande tendência em achar que essa droga é consumida somente pela classe menos favorecida econômica e socialmente, uma vez que o custo é muito baixo. Sabe-se hoje que a realidade é outra: o crack é uma droga que atinge todas as classes sociais, todos os credos, etnias, gêneros, idades e culturas. Mas o que torna o crack uma droga tão perigosa?
Assim como a cocaína, o álcool, o tabaco, e outras drogas, o crack também provoca a dependência. O individuo necessita cada vez mais da substância para obter o efeito desejado. Esse aumento do consumo é uma das características da dependência química, tornando o individuo ainda mais frágil à substância.
O crack, após ser fumado, chega ao cérebro em menos de 10 segundos, podendo seus efeitos durar cerca de 5 a 10 minutos. Provoca reações como agitação, euforia, diminuição do apetite, aumento do estado de alerta e sensação de perseguição - paranóia, popularmente conhecido como "nóia". Horas após o uso o indivíduo passa a apresentar ansiedade, irritabilidade, vontade de usar (fissura) e sintomas depressivos.
Muitas vezes os dependentes de crack apresentam sérios problemas com a justiça já que passam dias fazendo uso constante da droga, deixando de se alimentar e dormir, o que os tornam vulneráveis a comportamentos de risco como violência, relações sexuais sem uso de preservativos, vendas de objetos pessoais, além de poderem cometer ações ilegais para obtenção de drogas como pequenos roubos ou furtos.
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Diante dos fatos, é extremamente importante a avaliação da sanidade mental por parte de um psiquiatra forense e/ou psicólogo jurídico para analisar as capacidades de discernimento, entendimento e determinação do indivíduo e, assim, auxiliar em processos de internação compulsória, bem como em colaborar com a justiça nos esclarecimentos de fatos que precisam de elucidar a capacidade mental e o nexo causal de um ou mais envolvidos com o processo em questão.
Sabe-se que a vida do dependente de crack acaba por ser amplamente prejudicada. Muitas vezes não possui motivação para o trabalho, para o convívio entre familiares e cuidado da vida afetiva. É comum, por vergonha do uso da droga ou por medo de lidar com essas inúmeras perdas, se distanciarem daqueles que poderiam fornecer apoio e ajuda, deixando o tratamento sempre como segunda ou terceira opção. É nesse momento que a conscientização da família e a busca por ajuda, mesmo que seja somente por parte dos familiares e amigos se faz importante!
Não se pode deixar que apenas o dependente tome a decisão para o tratamento, a família também deve procurar ajuda, mesmo porque ela também sofre, também compartilha da mesma ferida.
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HEWDY LOBO RIBEIRO é psiquiatra e perito forense, CREMESP 114681 e parceiro do GABINETE JURÍDICO - Consultoria Empresarial e Treinamento Ltda. www.gabinetejuridico.com.br
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